Tarcisio Francisco de Camargo

Utilização de substâncias extraídas de plantas como preservante de madeiras contra ação de fungos apodrecedores

Resumo: Os tradicionais métodos de preservação de madeiras utilizados atualmente envolvem o uso de produtos químicos que podem ser tóxicos para a saúde e meio ambiente. Nesse sentido, estudos que evidenciem o potencial antifúngico de substâncias extraídas de plantas contra fungos apodrecedores, são extremamente necessários. Assim sendo, o objetivo deste trabalho será verificar a eficiência de produtos de origem vegetal, como preservante da madeira de Pinus taeda, submetida aos fungos apodrecedores Pycnoporus sanguineus e Gloeophyllum trabeum. Serão testados os seguintes preservantes: Óleo essencial de Capim limão (Cymbopogon citratus (DC) Stapf), óleo essencial de aroeira vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi), óleo essencial de neem (Azadirachta indica A. Juss) e tall oil. Para avaliar a atividade antifúngica destes produtos, será realizado ensaio fungitóxico através da inibição do crescimento micelial dos fungos, nas concentrações de 0, 250, 500 e 1000 ppm, as quais serão incorporadas em meio de cultura BDA. As concentrações com melhores resultados, serão testadas no tratamento da madeira de P. taeda através do método de imersão a longo prazo, avaliando a qualidade do tratamento por meio da análise de penetração e retenção, e a eficiência do tratamento preservante através do ensaio de apodrecimento em laboratório de acordo com a norma ASTM D 2017 (1994).  O teste consistirá na exposição de corpos de prova de madeira sob fungos apodrecedores e após 16 semanas de exposição o cálculo das percentagens de perda de massa sofrida. Para o ensaio fungitóxico e ensaio de apodrecimento acelerado será utilizado o delineamento inteiramente casualizado (DIC). No primeiro ensaio serão 4 doses com 5 repetições cada. Para o ensaio de apodrecimento será em arranjo tri-fatorial: Espécie (1 nível), tratamentos preservantes (4 níveis) e fungos apodrecedores (2 níveis). As médias serão comparadas estatisticamente através do teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.